Gênero: Comédia Dramática
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Antonia Clarke, Colin Firth, Eileen Atkins, Emma Stone, Erica Leerhsen, Hamish Linklater, Jacki Weaver, Jeremy Shamos, Kenneth Edelson, Marcia Gay Harden, Natasha Andrews, Simon McBurney, Ute Lemper
Produção: Edward Walson, Letty Aronson, Stephen Tenenbaum
Fotografia: Darius Khondji
Duração: 98 min.
Ano: 2014
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estreia: 28/08/2014 (Brasil)
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Perdido Productions
Classificação: 12 anos
Sinopse: Stanley (Colin Firth), é um mágico ilusionista especializado em desmascarar falsos médiuns contratado para desmascarar a bela Sophie (Emma Stone), simpática jovem que afirma ter poderes paranormais. Quando ela começa a conquistá-lo, Stanley terá que colocar sua própria razão à prova - algo que pode mudar o rumo de sua vida para sempre.
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Antonia Clarke, Colin Firth, Eileen Atkins, Emma Stone, Erica Leerhsen, Hamish Linklater, Jacki Weaver, Jeremy Shamos, Kenneth Edelson, Marcia Gay Harden, Natasha Andrews, Simon McBurney, Ute Lemper
Produção: Edward Walson, Letty Aronson, Stephen Tenenbaum
Fotografia: Darius Khondji
Duração: 98 min.
Ano: 2014
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estreia: 28/08/2014 (Brasil)
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Perdido Productions
Classificação: 12 anos
Sinopse: Stanley (Colin Firth), é um mágico ilusionista especializado em desmascarar falsos médiuns contratado para desmascarar a bela Sophie (Emma Stone), simpática jovem que afirma ter poderes paranormais. Quando ela começa a conquistá-lo, Stanley terá que colocar sua própria razão à prova - algo que pode mudar o rumo de sua vida para sempre.
Nota do razão de Aspecto:
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Na escuridão aconchegante da sala de cinema,
um filme de Woody Allen sempre nos leva a ingressarmos em um universo conhecido
e seguro, onde cada tragédia ou cada comédia, cada personagem e cada história
refletem um pouco de nossos desejos, nossas angústias e nossas neuroses. Não é diferente com Magia ao Luar.
Se analisada superficialmente, a premissa de
Magia ao Luar parece simples e banal, como em muitos dos grandes filmes de
Woody Allen: o ser humano precisa acreditar em coisas mágicas para viver? Essa aparente a banalidade é irrevogavelmente descartada, ao buscarmos a
profundidade das reflexões filosóficas colocadas em discussão: a vida tem algum
sentido? Existe vida após a morte? Qual o real significado do amor? A
racionalidade torna o ser humano feliz ou infeliz?
Para responder a essas perguntas, Woody Allen
promove o encontro entre Stanley (Colin Firth), um ilusionista especializado em
desmascarar falsos médiuns, e Sophie (Emma Stone), uma médium que conquistou o
coração de um milionário e de sua mãe em função de promover o contato com o
além-túmulo. Stanley é um homem extremamente racional e intelectualizado,
dedicado a provar que toda a mágica, seja o ilusionismo, seja a mágica da vida,
é um truque para que nossas vidas se tornem menos insuportáveis. Sophie é uma
jovem de origem humilde que acredita estar levando esperança às pessoas. Apesar
das improbabilidades decorrentes de tantas diferenças, Stanley e Sophie
envolvem-se romanticamente, o que leva Stanley a questionar-se sobre suas crenças
e seus valores.
Um dos grandes méritos de Magia ao Luar
decorre da fluidez da narrativa, que funciona independentemente da profundidade
do conhecimento do espectador em relação às referências a Nietzsche,
Schopenhauer, Freud, Dickens (ou não), de forma análoga ao que o diretor
conseguiu executar naquele que considero o melhor filme de sua carreira:
Meia Noite em Paris. Woody Allen manteve a profundidade que lhe é peculiar,
sem o pedantismo e sem a arrogância intelectual que, muitas vezes, parecem
colocar-se acima do espectador como se o fato de ser universalmente
compreendido fosse um demérito, e não aquilo que realmente é: uma grande
qualidade.
A época e o cenário escolhidos para o
desenvolvimento da narrativa, respectivamente os anos 1920 e o sul da França,
dão a Magia ao Luar um tom charmoso e cativante, com as belas
paisagens das estradas tortuosas à beira-mar, o figurino sofisticado, os carros
interessantes e a "eletricidade" de uma década quer marcou o século
XX por sua grande atividade artística, literária e musical.
O ponto fraco de Magia ao Luar é a interpretação de
Colin Firth, ponto no qual discordo da crítica do mestre Pablo Villaça. A
racionalidade excessiva prejudicou significativamente o processo de
transição do personagem da descrença nos sentimentos para o envolvimento
romântico com Sophie. Em diferentes cenas, as descobertas sentimentais do
personagem parecerem forçadas, como se tivessem surgido do nada ou de uma
reflexão íntima não retratada na tela. Além disso, faltou a Colin Firth o "timing"
cômico correto para que Stanley se tornasse alguém com quem realmente
poderíamos nos identificar. Não fosse a grande interpretação de Eileen
Atkins no papel de tia de Stanley, que exerce grande influência sobre o
sobrinho, seria quase impossível criar empatia com o personagem. Emma Stone,
por sua vez, interpreta Sophie com a doçura e a ingenuidade quase desamparadas
que tornam a personagem carismática, no melhor estilo de Diane Keaton em Annie
Hall e Manhattan.
Magia ao Luar é um filme
leve e otimista. Todos nós precisamos de um pouco de magia, e nenhum sentimento mágico é capaz de transformar e trazer esperança
a um ser humano mais do que o amor - mesmo que este ser humano seja um racionalista
empedernido e infeliz como Stanley. Woody Allen, mais uma vez, nos leva a
refletir sobre temas profundos com uma leveza sem paralelo e nos faz sair da
sala de cinema acreditando um pouco mais na vida.
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