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A Última Ressaca do Ano ( Office Christmas Party, 2016) - CRÍTICA



Última Ressaca do Ano é mais intragável que cerveja quente.


Gênero: Comédia
Direção: Josh Gordon, Will Speck
Roteiro: Jon Lucas, Justin Malen, Laura Solon, Scott Moore
Elenco: Abbey Lee, Adrian Martinez, Alex Zelenka, Andrew Leeds, Courtney B. Vance, Jamie Chung, Jason Bateman, Jennifer Aniston, Jillian Bell, Karan Soni, Kate McKinnon, Marisol Correa, Matt Walsh, Oliver Cooper, Olivia Munn, Ralph Abbas, Randall Park, Rob Corddry, Sam Richardson, T.J. Miller, Vanessa Bayer
Produção: Daniel Rappaport, Guymon Casady, Scott Stuber
Fotografia: Jeff Cutter
Montador: Evan Henke, Jeff Groth
Trilha Sonora: Theodore Shapiro
Duração: 105 min.
Ano: 2016
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estreia: 08/12/2016 (Brasil)
Distribuidora: Paramount Pictures
Estúdio: Bluegrass Films / DreamWorks Pictures / DreamWorks SKG
Classificação: 16 anos

Sinopse: Os irmãos Clay e Carol Vanston disputam o controle da empresa de tecnologia criada pelo pai, que morreu recentemente. Visando impressionar um novo cliente que pode representar sua garantia no poder, Clay pede que seu braço direito, Josh, organize uma espetacular festa de Natal.











































Nota do Razão de Aspecto:


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A Última Ressaca do Ano é o típico besteirol americano. Então, caso você goste deste subgênero, pode ser que aprecie algo em tela naquelas quase duas horas. Se quer algo cinematograficamente elaborado e uma história com sustância, prefira outros filmes em cartaz.

Vale o comentário de que a qualidade de filmes de comédia é medida, por muitas pessoas, pela quantidade de vezes que faz o público rir. Não gosto desse critério. Afinal, estamos vendo um filme e não um show de comédia - este, sim, tem como propósito exclusivo o humor. Outra premissa que não concordo é que humor é algo estritamente pessoal. Há toda uma teoria por trás do arranjo cômico. Punch line, timing e criatividade são elementos que precisam ser levados em conta.

O que vemos em A Última Ressaca do Ano é uma orgia visual com gags espalhadas a todo instante. Quer um filme leve e que te faça rir? Procure, também deste ano, A Incrível Jornada de Jacqueline. Está atrás de uma trama mais sacaninha com alguma complexidade? Dois Caras Legais é a pedida. Em A Ultima Ressaca do Ano, parte da história é maçante, com um subtexto que nada acrescenta. E traz, ainda, todos os clichês de uma festa "muito louca" - inclusive referências sexuais.

Os personagens são unidimensionais ou têm mudanças marcadas. Não nos importamos com eles. Mais do que isso, eles sofrem da síndrome da imbecilização exagerada. Quando vemos no Caça-Fantasmas (2016) um homem que se atrapalha até para atender um telefone, aceitamos essa circunstância porque se tratava apenas um personagem desinteligente, enquanto, aqui, praticamente todos fogem de um comportamento esperado. Além disso, Cris H. se prestava a uma crítica à objetificação feminina.

O elenco de A Última Ressaca do Ano é numeroso e com rostos conhecidos. No entanto, há pouco material a ser trabalhado,  e a entrega vai pouco além do automático. Os movimentos são óbvios, e, definitivament,e a loucura aqui não pode ser elogiada - compare o nonsense deste longa com o do Apertem os Cintos: o Piloto Sumiu... Contudo, Jeniffer Aniston tem algum destaque, exatamente por apresentar algo mais contido. Só o fato dela não ter um par romântico clichê já é algo notório.


As citações à cultura pop, como a Velozes e Furiosos, estão ali para criar uma identificação com o público, mas aparecem de forma tão aleatória que soam a todo tempo forçadas. O mérito no design de produção - a construção/destruição de um escritório é quase anulado pela trilha carregada e  é completamente anulado pelo roteiro que o envolve.

A Última Ressaca do Ano tem uma produção considerável, mas um cinema pobre. O humor pode encontrar um alvo certeiro e fazer alguns gargalharem, porém o que se apresenta é mais do mesmo - flatulências, sexo grupal, bebedeiras e danças esquisitas... isso sem falar no final, um misto de previsibilidade, falta de criatividade e absurdo... Eis um exemplar de um dos piores filmes do ano.


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