Mais do que uma mera sátira, é uma divertida homenagem ao Homem-Morcego.
Gênero: Animação/Comédia de Ação
Direção: Chris McKay
Roteiro: Seth Grahame-Smith
Produção: Dan Lin, Phil Lord, Roy Lee
Fotografia: Lorne Balfe
Montador: David Burrows, John Venzon, Matt Villa
Duração: 90 min.
Ano: 2017
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estreia: 09/02/2017 (Brasil)
Distribuidora: Warner Bros
Estúdio: Animal Logic / DC Entertainment / LEGO System A/S
Classificação: livre
Nota do Razão de Aspecto:

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A franquia de animações baseadas nos bloquinhos de montar
da LEGO já adaptou clássicos da cultura popular como Scooby Doo, Star Wars e
Indiana Jones. Em 2014, com seu Uma
aventura Lego (Lego Movie), os simpáticos bonequinhos provaram à Warner que
valeu à pena voltar a investir em longas de animação - após um hiato de onze
anos.
Tendo sido um dos coadjuvantes de destaque daquele longa,
coube ao Homem-Morcego protagonizar a nova aventura, e este LEGO Batman: O
filme mantém o nível de diversão garantido pela série.
Na trama, Batman enfrenta uma gangue de vilões clássicos
lideradas pelo Coringa, que tenta - de novo ! - destruir Gotham City.
Derrotado, o Coringa se ressente de ser desprezado pelo herói, que se recusa a
elegê-lo como seu grande arqui-inimigo. A partir daí, começa a elaborar um
plano grandioso para conquistar um lugar entre os grandes vilões. Pressionado
por Alfred, seu mordomo e mentor, Bruce Wayne se recusa a abandonar sua vida de
vingador solitário. Com a aposentadoria do Comissário Gordon, sua filha,
Barbara, assume o posto, e, embora reconheça a importância do herói, questiona
sua falta de colaboração com a polícia. Enquanto isso, o órfão Dick Grayson,
grande fã de Batman, é adotado por descuido por Bruce Wayne, e vai morar na
mansão do milionário.
A partir dessas premissas, Chris McKay (dirigindo seu
primeiro longa para o cinema) e Seth Grahame-Smith (mesmo roteirista de
Orgulho, preconceito e zumbis) entregam um filme que diverte em diferentes camadas: os mais novos se divertirão com as cenas de ação
e com tiradas engraçadas dos personagem. As grandes gargalhadas, entretanto,
são reservadas aos adultos - em especial àqueles que conhecem bem a história de
Batman no cinema e nos quadrinhos: o filme está abarrotado de referências
hilárias a todas as fases do personagem - desde a série camp da década de 1960
até os períodos mais soturnos e góticos do personagem, na década e meia final
do século XX.
Além de uma breve participação da Liga da Justiça (em sua
encarnação Superamigos!), o longa conta com a participação de vilões de luxo: cansado dos parceiros "idiotas" de Gotham, o
Coringa decide reunir um time de vilões que inclui vários personagens de outros filmes da Warner. Com isso, além de
provocar gargalhadas pela interação inusitada, a empresa promove outros
filmes que produziu/produz.
Dois pontos negativos a serem notados dizem respeito à
parte musical (com músicas e letras pouco inspiradas e desnecessárias) e à
dublagem do personagem principal (no Brasil ao menos). Batman é dublado como um
mala carioca tirador de onda, o que não funciona, mesmo no nível de paródia.
Fica a curiosidade de assistir ao filme com as vozes originais, que contou com
gente do nível de Ralph Fiennes como Alfred e Rosario Dawson como Barbara
Gordon.
LEGO Batman: O filme tem seus momentos de ousadia - por
exemplo, ao deixar subjacente um homoerotismo platônico entre o protagonista e o Coringa
- e também mensagens esperadas em um produto a ser consumido pelo público infantil
- como a valorização da família e da confiança entre amigos.
Para fãs mais sisudos do personagem, pode ser que a
galhofa generalizada não faça rir. Para todos os outros (e para Zack Snyder,
diretor do visionário polêmico Batman vs Superman, que pode aprender uma ou duas
coisas aqui), trata-se de uma divertida homenagem ao personagem.
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