ESPECIAL CLÁSSICOS DE SUNDANCE: PEQUENA MISS SUNSHINE (2006)





Gênero: Comédia Dramática
Direção: Jonathan Dayton, Valerie Faris
Roteiro: Michael Arndt
Elenco: Abigail Breslin, Alan Arkin, Alexandria Alaman, Alissa Anderegg, Annabelle Roberts, Beth Grant, Brenae Bandy, Brenda Canela, Brittany Baird, Bryan Cranston, Cambria Baird, Casandra Ashe, Chuck Loring, Dean Norris, Destry Jacobs, Geoff Meed, Gordon Thomson, Greg Kinnear, Jerry Giles, Jill Talley, Joan Scheckel, John Walcutt, Julio Oscar Mechoso, Justin Shilton, Kristen Holaas, Lauren Shiohama, Lauren Yee, Lindsey Jordan, Maliah Hudson, Marc Turtletaub, Mary Lynn Rajskub, Matt Winston, Mel Rodriguez, Nicole Stoehr, Paul Dano, Paula Newsome, Shane Murphy, Steve Carell, Steven Christopher Parker, Sydni Stevenson-Love, Toni Collette, Wallace Langham
Produção: Albert Berger, David T. Friendly, Marc Turtletaub, Peter Saraf, Ron Yerxa
Fotografia: Tim Suhrstedt
Trilha Sonora: Devotchka, Mychael Danna
Duração: 101 min.
Ano: 2006
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estreia: 20/10/2006 (Brasil)

Estúdio: Big Beach Films / Bona Fide Productions / Deep River Productions / Fox Searchlight Pictures / Third Gear Productions
Sinopse: Nenhuma família é verdadeiramente normal, mas a família Hoover extrapola. O pai desenvolveu um método de auto-ajuda que é um fracasso, o filho mais velho fez voto de silêncio, o cunhado é um professor suicida e o avô foi expulso de uma casa de repouso por usar heroína. Nada funciona para o clã, até que a filha caçula, a desajeitada Olive (Abigail Breslin), é convidada para participar de um concurso de beleza para meninas pré-adolescentes. Durante três dias eles deixam todas as suas diferenças de lado e se unem para atravessar o país numa kombi amarela enferrujada.

Nota do Razão de Aspecto:



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Em mais uma enquete do Razão de Aspecto no Twitter, o público votou e escolheu Pequena Miss Sunshine para receber a nossa crítica. A escolha do público não foi nem surpreendente nem despropositada, considerando o nível de qualidade do filme. Eu tenho muito prazer em escrever esse texto, porque sempre afirmei que, se eu pudesse escolher uma cena para enviar a civilizações alienígenas, seria a da apresentação de dança de Oliver no concurso de beleza. Acho que nada define melhor  a disfuncionalidade da nossa sociedade.



Pequena Miss Sunshine é resultado de uma excelente combinação de elenco, roteiro e direção. Não foi por acaso que o filme venceu o Festival de Sundance e concorreu o Oscar no ano seguinte.






Para além dos já veteranos Alan Arkin, Greg Knear e Toni Collete, o longa lançou  a então criança Abigail Bresslin, colocou Steve Carrel no radar de Hollywood e deu a Paul Dano seu primeiro papel de grande destaque. A química entre os atores foi fundamental para que Pequena Miss Sunshine  conseguisse levar pra a tela o humor ácido e quase absurdo, que combina discurso vazio de autojuda pregado por um perdedor, a revolta de uma dona de casa, um velho pervertido, um gay deprimido, um adolescente revoltado, tudo temperado por uma crise financeira familiar. O
casting da produção e a direção de atores foram certeiros.



Claro, o trabalho dos atores ficou facilitado por um roteiro inteligente, recheado de diálogos ácidos e situações quase absurdas, mas ainda verossímeis. Todo aquele arco funciona como se todos os problemas acontecessem ao mesmo tempo, até que a catarse total do núcleo familiar os resolvesse. Neste filme, todos temos como empatizar com pelo menos um personagem ou com uma situação. Se não pelas ações ou decisões dos personagens, ao menos com nossos pensamentos sobre as dificuldades da convivência em família. Quem não empatizar que atire a primeira pedra.





A direção de Jonathan Dyaton e Valeria Faris soube explorar todo o potencial do roteiro de Michael Arndt e o talento do elenco, de forma a construir uma narrativa coesa e impactante, que não deixa nenhum espectador indiferente. Um trabalho competente que, em menos de uma década, já transformou
Pequena Miss Sunshine em um jovem clássico do cinema.



Pequena Miss Sunshine influenciou a forma de se fazer comédia cinematográfica no século XXI e provou que as fórmulas hollywoodianas sempre podem ser superadas com inteligência e talento. O filme merece seu lugar no pantão dos clássicos por renovado um gênero maltratado como a comédia.


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